A Morte

A maioria dos seres humanos parece passar algum tempo meditando sobre a morte, ou sobre sua própria natureza mortal. Entretanto, a falta de uma fonte confiável de conhecimento sobre o assunto leva a maioria das pessoas a decidir no que acreditam tomando como base os seus próprios desejos. Deste modo, muitos são levados a acreditar, por exemplo, em idéias espíritas infundadas, ou fundadas sobre fonte não divinamente inspirada.

Este foi um dos motivos pelo qual Deus escreveu a Bíblia, por meio dos profetas. Se acreditamos na Bíblia como um livro divinamente inspirado, então agora temos uma fonte confiável de conhecimento sobre a morte. Por isto, não devemos nos deixar levar sobre relatos de outras pessoas sobre experiências sobrenaturais, pois a mente humana é muito complexa e capaz de nos fazer "ver o que não existe".

Uma evidência disto é que entre os diferentes relatos de experiências no céu e no inferno encontramos muitas contradições, fazendo parecer que existem muitos infernos e muitos céus. Como saber qual destes relatatos é verdadeiro? Por isto, apenas o conhecimento biblicamente fundamentado pode ser considerado "seguro". Da mesma forma, nos casos onde as pessoas "recebem entes sobrenaturais" ao entrar em estado hipnótico, encontramos diferentes descrições do outro mundo que estão constantemente relacionadas com a cultura da pessoa hipnotizada.

Em geral, as pessoas não percebem que, na verdade, a vida é muito curta. E que elas tem apenas este pequeno intervalo de tempo para encontrar o conhecimento verdadeiro. Infelismente, devido a esta falta de interesse no conhecimento verdadeiro, a maioria morre sem descobrir que através deste conhecimento poderiam "vencer a morte". Está escrito: "Digo-vos que não sabeis o que acontecerá amanhã. Porque, que é a vossa vida? É um vapor que aparece por um pouco, e depois se desvanece". (Tiago 4:14), "como a erva que cresce. De manhã floresce e cresce; à tarde corta-se e seca." (Sal. 90:5,6). Mesmo Moisés reconheceu isto e clamou a Deus "Ensina-nos a contar os nossos dias, de tal maneira que alcancemos corações sábios" (Sal. 90:12).

A maioria das pessoas têm concluído que o homem tem uma "alma imortal" ou algum tipo de elemento imortal que sobrevive à morte, indo para algum lugar de recompensa ou de punição. Deste modo, um vasto número de falsas teorias sobre a morte e a natureza mortal do homem tem surgido.

Como sempre, estas idéias devem ser testadas junto à Bíblia, para encontrar o conhecimento verdadeiro. Devemos lebrar, primeiramente, que a primeira mentira registrada na Bíblia é aquela da serpente falante no jardim do Éden. Contrariando o estabelecido por Deus, que o homem iria "certamente morrer" se ele pecasse (Gen. 2:17), a serpente declarou: "Tu certamente não morrerá" (Gen. 3:4). Esta tentativa de negar a morte se tournou, desde então, uma característica marcante de falsas doutrinas. Ao longo do tempo, uma falsa doutrina tem levado à outra, até os dias de hoje.

Observe que o Senhor formou o homem do pó da Terra, não havendo outros elementos invisíveis imortais. "E formou o SENHOR Deus o homem do pó da terra" (Gen. 2:7), "...és pó e em pó te tornarás" (Gen 3:19). Onde está escrito "retornarás ao pó mas sua alma vai continuar viva" (?????) ? Portanto, não encontramos Deus declarando sobre algo do homem que continuaria vivo após a morte. Na verdade, o que existe é uma relevante ênfase Bíblica no fato que o homem é fundamentalmente composto de mero pó: "Nós somos o barro" (Isa 64:8) , o fundamento do homem está no barro, "cujo fundamento está no pó" (Jó 4:19), "e o homem deve se tornar pó novamente" (Jó 34:14.15). Mesmo Abraão admitiu que ele era "pó e cinzas" (Gen. 18:27). Deus expulsou o homem do jardim do Éden para que ele não tomasse da árvore da vida e pudesse viver eternamente (Gen. 3.22), se no homem houvesse algo de imortal isto seria desnecessário.

Imortalidade Condicional

A constantemente repetida mensagem dos evangelhos é que o homem pode encontrar um meio para merecer a vida eterna e a imortalidade através do sacrifício de Cristo. Este é o único tipo de imortalidade sobre o qual a Bíblia trata, ou seja, a idéia de uma eternidade de sofrimento consciente pelas coisas erradas não tem suporte bíblico. A única forma de obter imortalidade é através da obediência aos mandamentos de Deus, e aqueles que são obedientes vão passar a imortalidade em um estado de perfeição - a recompensa dos justos.

As seguintes passagens são consideradas prova suficiente que esta imortalidade é condicional, e não é alguma coisa que nós possuímos naturalmente:

"E manifestada, agora, pelo aparecimento de nosso Salvador Cristo Jesus, o qual não só destruiu a morte, como trouxe à luz a vida e a imortalidade, mediante o evangelho" (2 Tim. 1:10; 1 John 1:2).

"Eu sou o pão vivo que desceu do céu; se alguém dele comer, viverá eternamente; e o pão que eu darei pela vida do mundo é a minha carne", "Quem comer a minha carne e beber o meu sangue tem a vida eterna, e eu o ressuscitarei no último dia" (João 6:51-58). "Se não comerdes a carne do Filho do Homem e não beberdes o seu sangue, não tendes vida em vós mesmos" (João 6:51-58). Ou seja, não tem vida auto-suficiente para viver eternamente. "Deus nos deu a vida eterna; e esta vida está no seu Filho." (1 João 5:11).

O verdadeiro crente procura obter a imortalidade e vai ser recompensado com o presente da vida eterna - Algo que ele não possui naturalmente (Rom. 2:7, 6:23; João 10:28). Nosso corpo mortal será "revestido de imortalidade" no retorno de Cristo (1 Cor. 15:53); Portanto, imortalidade é algo prometido, não naturalmente possuído (1 João 2:25).

Somente Deus tem imortalidade inerente: "o único que possui imortalidade, que habita em luz inacessível, a quem homem algum jamais viu, nem é capaz de ver. A ele honra e poder eterno. Amém!" (1 Tim. 6:16).